Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, fala sobre o circuito de São Paulo: “Há muito show e ultrapassagens”

A próxima etapa da Formula E acontece em São Paulo no dia 16 de março e será a segunda vez da categoria no Brasil. A corrida será realizada no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade, e o Tô no Paddock conversou com cofundador da categoria, Alberto Longo, para saber das expectativas para a corrida e detalhes sobre o circuito brasileiro.
Longo declarou estar muito animado para voltar para São Paulo, incluindo todos os pilotos, patrocinadores, equipes e fabricantes, além de relembrar que ano passado foi uma corrida espetacular, com cento e dez ultrapassagens, mas diz que o mais importante é que as pessoas que realmente foram ao evento se divertiram muito. O confundador também destaca que a Fórmula E é uma categoria preocupada com que toda a família se divirta, não só na pista, como fora dela.
“A Fórmula E ainda é a Fórmula do automobilismo com mais ultrapassagens do mundo. Nós esperamos que o E-Prix de São Paulo seja o trecho mais longo do calendário, o que é obviamente muito útil pensando no ponto das ultrapassagens. Definitivamente nós esperamos ter ainda mais ultrapassagens esse ano do que tivemos ano passado. Todas as simulações da federação da FIA mostram que teremos mais entretenimento do que ano passado”, comentou Alberto Longo.
Em resposta ao Tô no Paddock sobre a maior diferença do circuito brasileiro para os demais, o cofundador revelou que é o trecho mais longo das etapas. “Para mim, a primeira e maior de todas é que temos o trecho mais longo. Eu acho que o asfalto é completamente diferente de uma pista normal, o que torna mais difícil. Temos um tratamento especial para o asfalto que contorna a pista, porque são materiais muito diferentes, aquele que está dentro do sambódromo é um pouco mais escorregadio. […] Definitivamente é um traçado muito, muito técnico. Novamente, há muito show e muitas ultrapassagens. Então nós não temos os mesmo resultado de sempre, é completamente diferente dos outros e essa é a beleza sobre a Fórmula E e de cada criação especifica das pistas”, revelou Longo.
O cofundador também comentou que o Sambódromo do Anhembi é a avenida perfeita para a corrida, com todo o marco histórico e cultural e foi exatamente por isso que a Fórmula E optou por fazer corridas urbanas. Diante disso, anunciou estar orgulhoso dos resultados da corrida passada, pois o E-Prix trouxe um impacto econômico massivo para a cidade, trazendo estrangeiros para São Paulo, que usam serviços de hotelaria, transporte, restaurantes e consomem a cultura local.
Diante do cancelamento do E-Prix da Índia – que aconteceria no dia 10 de fevereiro – devido ao descumprimento do acordo por parte dos governantes da cidade, Longo tranquilizou o Brasil ao revelar que terá uma inspeção em outubro para avaliar a possibilidade de algo não estar nos conformes e dar fim ao contrato. Ele explicou que a relação com o prefeito é fantástica, e Gustavo Pires, presidente do São Paulo Turismo, foi absolutamente essencial para fazer a corrida e quer que continue por muitos e muitos anos.
“Entendo quando se causa muito transito, mas nesse caso, o Sambódromo é o lugar ideal para a Formula E. O impacto e transito que temos na cidade de São Paulo é mínimo ao utilizar o Anhembi, no Sambódromo. Por isso entendemos que teremos o contrato a longo prazo para essa temporada e mais outras três. Definitivamente é um contrato blindado”, completou Longo.
Ao final da coletiva, Longo ainda comentou brevemente sobre uma parceria entre a Fórmula E e o time de futebol Corinthians. O anúncio oficial e mais detalhes sobre a parceria deve sair ainda esta semana.